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Governo Lula 3: China quer ampliar cooperação com o Brasil

Revista Fórum (Brasil)

Por Iara Vidal

Vice-presidente chinês, Wang Qishan, se encontrou com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, a quem entregou uma carta do presidente Xi Jinping 

O vice-presidente da República Popular da China, Wang Qishan, se encontrou com o presidente do Brasil recém-empossado, Luiz Inácio Lula da Silva, nesta segunda-feira (2). A reunião foi realizada no Palácio do Itamaraty, em Brasília, capital brasileira.

Wang, representante especial do presidente Xi Jinping na posse de Lula realizada no domingo (1), pediu que a China e o Brasil ampliem a cooperação em vários campos, já que os dois países iniciaram uma nova jornada.

O vice-presidente chinês observou que tanto a China quanto o Brasil concluíram eventos importantes na agenda política. Em outubro, Xi foi eleito para o terceiro mandato como secretário-geral do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh) e Lula para o terceiro mandato como mandatário do Brasil.

Wang afirmou que os governos e o povo dos dois países devem continuar a fortalecer a solidariedade e cooperação para criar um futuro melhor para as relações bilaterais. Durante a reunião, ele fez quatro sugestões para desenvolver as relações China-Brasil nesta nova etapa.

Primeiro, aprimorar o planejamento de cima para baixo nos laços bilaterais e promover ativamente os intercâmbios em vários campos, incluindo diplomacia, justiça e militar.

Segundo, consolidar e expandir a cooperação econômica e comercial, especialmente a em inovação tecnológica e indústrias emergentes, como as economias digital e verde.

Terceiro, aprofundar a coordenação estratégica multilateral, salvaguardar conjuntamente o verdadeiro multilateralismo e melhorar a coordenação em questões como a mudança climática.

Quarto, fortalecer a atuação dos dois países nas plataformas de cooperação regional da América Latina e o Caribe, como a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CLAC), o Mercado Comum do Sul (Mercosul) e a União das Nações Sul-Americanas (Unasul).

Lula afirmou que o lado brasileiro dá grande importância às relações com a China e está disposto a fortalecer a cooperação estratégica e de longo prazo. Ele acrescentou que o Partido dos Trabalhadores (PT) também está disposto a intensificar o intercâmbio com o PCCh.

O presidente brasileiro observou que China e Brasil são países com grande influência e que ambos os lados devem desempenhar um papel ativo na promoção do progresso comum dos países em desenvolvimento.

Lula comentou que espera liderar uma delegação à China para aprofundar ainda mais a cooperação prática em vários campos, aumentar a amizade entre os dois povos e promover as relações bilaterais a um novo nível.

Carta de Xi Jinping a Lula da Silva

Durante o encontro, Wang entregou uma carta do presidente Xi Jinping ao presidente Lula. A mensagem felicita o mandatário brasileiro pela posse realizada no domingo e destaca que China e o Brasil são os principais países em desenvolvimento com influência global e importantes mercados emergentes.

Os dois países são parceiros estratégicos abrangentes que compartilham amplos interesses comuns e assumem responsabilidades comuns de desenvolvimento, acrescentou Xi. Ele ressaltou que desde o estabelecimento das relações diplomáticas há 48 anos, as relações bilaterais testemunharam um desenvolvimento sustentado e profundo graças aos esforços conjuntos de ambos os lados, e tornaram-se cada vez mais maduras e dinâmicas.

“As relações China-Brasil se tornaram um modelo das relações entre os principais países em desenvolvimento com ricas conotações e amplas perspectivas”.
Presidente da República Popular da China, Xi Jinping

Xi também disse que atribui grande importância ao desenvolvimento da parceria estratégica abrangente China-Brasil, e está disposto a trabalhar com Lula para continuar a apoiar-se firmemente em seguir um caminho de desenvolvimento de acordo com suas próprias condições nacionais, respeitar o núcleo um do outro interesses, promover sua cooperação prática, fortalecer a coordenação multilateral e conduzir e impulsionar a parceria a um nível superior de uma perspectiva estratégica e de longo prazo, de modo a beneficiar melhor os dois países e seus povos.

Revista Fórum

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